Quem se beneficia do afastamento de Wanderlei

Decisão do STJ abre espaço para Laurez Moreira assumir o governo e fortalece o PSD
setembro 4, 2025
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Foto: BRUNO SPADA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O afastamento de Wanderlei Barbosa (Republicanos) do governo do Tocantins, determinado nesta quarta-feira (3) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), não apenas mudou o comando do Estado, mas também redesenhou o cenário político regional. A decisão, tomada no mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Fames-19, favorece diretamente três nomes: o vice-governador Laurez Moreira, o senador Irajá (PSD) e o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab.

Laurez assume o governo

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Nove dias antes do afastamento de Wanderlei, Laurez deixou o PDT e se filiou ao PSD, em movimento articulado para ser oficializado em outubro. Com a decisão judicial, ele assume o Executivo por seis meses, período que pode ampliar sua visibilidade como potencial candidato ao Palácio Araguaia em 2026.

O papel de Irajá

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O senador Irajá foi o principal articulador da ida de Laurez ao PSD e, ainda em 2023, encaminhou denúncias sobre supostas irregularidades do governo ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria-Geral da União (CGU). Agora, com o aliado no comando do Estado, ele fortalece seu espaço político e se projeta para a disputa de reeleição ao Senado.

Kassab expande o PSD

Muito honrado por receber nesta quarta feira (20) o colar do mérito legislativo da alesp, uma p

No plano nacional, Gilberto Kassab vê o partido que preside ocupar um governo estadual estratégico. Com Laurez à frente do Executivo e Irajá em campanha, o PSD ganha protagonismo regional e consolida terreno para as eleições de 2026.

Contexto da decisão

O ministro Mauro Campbell determinou o afastamento de Wanderlei e da primeira-dama, Karynne Sotero Campos, secretária extraordinária de Participações Sociais, por seis meses. A decisão será ainda analisada pela Corte Especial do STJ.

O caso está ligado à Operação Fames-19, que apura fraudes em contratos de cerca de R$ 97 milhões para aquisição de cestas básicas e frangos congelados durante a pandemia de Covid-19. A Polícia Federal estima prejuízo superior a R$ 70 milhões aos cofres públicos, com parte dos recursos sendo ocultada em empreendimentos de luxo, compra de gado e despesas pessoais.

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