As eleições estaduais serão um termômetro para 2028. Com a falta de Antônio do Bar, cayristas dependerão da disposição de Dona Deija e José Mendonça assume liderança da oposição

dezembro 17, 2025
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A próxima eleição é estadual, mas elas serão um termômetro para as próximas eleições municipais. Os líderes locais poderão, em 2026, mostrar seu capital eleitoral levando o maior número de votos para os seus candidatos ao governo, à ALETO — Assembleia Legislativa do Tocantins —, à câmara ou ao senado. Em Augustinópolis, com o falecimento de Antônio do Bar, uma grande quantidade de eleitores ficou órfã e uma pergunta permeia a mente dos analistas políticos de Augustinópolis: ‘O grupo de Antônio do Bar conseguirá manter esse eleitorado sem a presença de seu grande líder e não deixará a oposição adotar esses eleitores?’. Os antonistas estão, no momento, sem um líder à altura do lendário Antônio do Bar. O atual ocupante do palácio das Palmeiras é neófito na política, os filhos e netos de Antônio do Bar não mostraram ainda interesse em herdar o espólio político do pai e avó, a Dona Deija, esposa de Antônio do Bar, talvez, digo, talvez, não tenha interesse em voltar para a política. No momento, só ela poderia manter coeso o grupo e trazer para si os eleitores que ficaram órfãos. 

Mas não se pode negar o poderio político da família Cayres. Nas próximas eleições, ainda podem dar maioria de votos para seus candidatos, mas na esteira aparece a imagem de José Mendonça, ex-vice-prefeito que tem poder político na oposição, o maior nome desse campo político, que irá rivalizar e promete dar trabalho. Sem Antônio do Bar nas ruas para pedir votos e com a incerteza de que Dona Deija fará isso, porque, repito, é a única do grupo que consegue reduzir os danos e manter a maioria dos eleitores apostando no grupo, a oposição pode surpreender e José Mendonça ser majoritário com seus candidatos no município. Por isso, a necessidade de se reinventar o mais rápido possível. 

Cayristas dependentes da disposição política de Dona Deija

Se o grupo cayrista não conseguir se reinventar nesse período pré-eleitoral, terá que convencer Deijanira Almeida — Dona Deija — que traz consigo a imagem de Antônio do Bar, afinal, durante todos os anos de vida pública do maior líder político da região, ela esteve junto, indo de casa em casa, pedindo votos para Antônio do Bar, seus escolhidos e para ela própria em duas oportunidades. Então, na minha opinião, o sucesso nas próximas eleições passa pelas mãos de Dona Deija que é a única capaz de reduzir os danos, evitando fuga em masa de eleitores fiéis de Antônio do Bar. E isso depende do desejo dela. O que pode motivar Dona Deija a sair de casa e pedir votos é a candidatura de Amélio, seja a senador ou governador, mas aí não se tem a certeza de que fará o mesmo para outros candidatos do grupo. 

José Mendonça se consolida como o maior nome da oposição

Se do lado cayrista Dona Deija é a única que consegue manter o eleitorado de Antônio do Bar, do outro lado tem José Mendonça, o único oposicionista que tem capacidade política para adotar esses eleitores. Sua articulação política garantiu a liderança da oposição conseguida na última eleição. Zé Mendonça conseguiu manter seu grupo coeso e pode tomar parte do eleitorado que ficou solto após o falecimento do grande líder. Já começou a andar, esteve em Brasília essa semana e solicitou ônibus e casas para o município, visando dar maioria de votos para seus candidatos em 2026 e deixando sua imagem à mostra para 2028. É um jogo político que ainda está sendo jogado, e vai ganhar quem tiver as melhores estratégias. 

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