PARAUAPEBAS (PA) — Na tarde de segunda-feira (3), um caminhão fora de estrada operado pela mineradora Vale se envolveu em uma colisão dentro da área industrial da empresa, em Parauapebas, sudeste do Pará. O incidente, registrado por volta das 16h na chamada Praça 2006, na Mina Autônoma, não deixou feridos, mas levantou questionamentos sobre os protocolos de segurança nas operações automatizadas da companhia.
Segundo informações apuradas no local, o caminhão, identificado como modelo 5210, circulava em modo autônomo quando apresentou uma interferência ao tentar sair da área de carregamento. Diante da anomalia, o operador de apoio assumiu manualmente o controle do veículo. Durante a manobra, o caminhão acabou atingindo uma caminhonete de apoio (CF-01), que estava estacionada próxima à escavadeira. O veículo atingido estava vazio no momento do impacto.
O choque resultou apenas em danos materiais, mas a ocorrência foi classificada internamente como uma “atividade controlada”, com “segurança real em análise e potencial significativo” — terminologia usada pela empresa para designar eventos com risco operacional, ainda que sem vítimas.
Em nota, a Vale informou que realiza uma análise técnica para determinar as causas do incidente e reforçar as medidas de segurança em suas operações autônomas. A companhia destacou que suas minas automatizadas operam sob rígidos protocolos e que investigações desse tipo fazem parte dos “procedimentos de melhoria contínua e prevenção de riscos”.
A Mina Autônoma, onde o caso ocorreu, é uma das principais áreas de teste de tecnologias autônomas da Vale na região de Carajás — uma das maiores operações de mineração a céu aberto do mundo. O projeto é considerado estratégico pela empresa, que tem buscado ampliar a utilização de caminhões e equipamentos controlados remotamente para reduzir riscos a trabalhadores e aumentar a eficiência das operações.
Até o momento, a mineradora não divulgou prazos para a conclusão da análise técnica. Nenhum colaborador ficou ferido, e as atividades na mina seguiram normalmente após o registro da ocorrência.
