Em entrevista ao QuintusPodcast, o ex-secretário da Fazenda do município de Augustinópolis, Laércio Lima, abordou assuntos pertinentes e de interesse da comunidade augustinopolina. Laércio também contou sobre o seu início na prefeitura de Augustinópolis, que começou lá nos anos 90, por indicação de seu pai. A entrevista, que durou um pouco mais de uma hora, foi, ao mesmo tempo, emocionante e explicativa. Laércio deixou transparecer sua admiração por Antônio Cayres de Almeida — o eterno Antônio Do Bar — que, segundo ele, era seu segundo pai. Do início lá dos anos 90 até o último dia de vida de Antônio do Bar, Laércio esteve ao lado do seu segundo pai.
O início
Laércio contou que começou na contabilidade trabalhando para o araguatinense Marcus da Eticam, um reconhecido contador especializado em contabilidade pública. A oportunidade de trabalhar na prefeitura de Augustinópolis surgiu durante um encontro de Antônio do Bar e seu Seledônio, pai de Laércio. Na entrevista é contado que Antônio do Bar estava procurando alguém para trabalhar na prefeitura, para ser auxiliar do Davino, que, por sua vez, auxiliava Raimundo Nonato, o secretário de finanças em 1997. No início, ele prestava serviço uma vez por semana, sem vínculo empregatício com a prefeitura. A guinada para se tornar oficialmente secretário da Fazenda foi em 2009, quando Davino — nesse ano já secretário da Fazenda, substituindo Nonato — passou o bastão para Laércio.
A relação com Antônio do Bar
Laércio deixou claro que sua relação com Antônio do Bar era como a de um filho para com um pai. Foram 26 anos trabalhando juntos e a convivência ajudou a estreitar os laços. Ao rememorar a saída abrupta de Antônio em 2009, Laércio demonstrou sua fidelidade ao grande líder augustinolino. Ele disse: “Nós iremos voltar e com certeza voltarei com mais experiência”. Essa foi uma resposta a uma pergunta de seu Antônio quanto ao seu futuro e o que iria fazer depois dali.
A luta pela inauguração da UPA
Durante a entrevista, Laércio revelou que um dos motivos de Antônio do Bar querer o mandato seria para resolver a questão da UPA, que estava há alguns anos parada. Laércio falou das dificuldades para que esse sonho se tornasse realidade. Ele contou que, ao chegar a Brasília para tentar colocar em funcionamento, depararam-se com um grande obstáculo: uma dívida de R$ 2 milhões — os prazos para inaugurar a UPA já haviam todos sido extrapolados e cobravam todos os recursos investidos com correção. Como resolver? Foi aí que eles conseguiram a autorização para a implantação da UPA e tiveram que esperar seis meses para sair no Diário Oficial. Mas aí veio outro obstáculo financeiro. Tinham a esperança de receber do Ministério da Saúde o retroativo dos seis meses que tiveram que esperar, mas não ocorreu. O pagamento retroativo não veio. Aí que entrou, segundo Laércio, a ajuda providencial dos servidores, que se revezavam entre o posto de saúde e a UPA até que os recursos chegassem para contratar novos servidores. Após o pagamento dos recursos da União.
A compra de equipamentos
Com a chegada de novos recursos, a prefeitura foi comprando novos equipamentos para a UPA, como um Raio-X e gerador, trocado transformador para suportar a carga de energia e, assim, estabelecendo a unidade como referência na região do Bico do Papagaio. Laércio destacou que a unidade não atende somente moradores de Augustinópolis, mas também de cidades vizinhas.
A evolução da educação
Laércio também destacou os avanços na educação, citando a criação de duas escolas de tempo integral e deixando tudo pronto para a terceira no próximo ano. Laércio também fez questão de destacar que saiu deixando dinheiro em conta e um pacote de obras na área. Para ele, esse foi um dos grandes legados de Antônio do Bar. Sobre creches, as quais são três, Laércio ressaltou que uma delas foi construída com recursos próprios.
Aterro sanitário
Em sua entrevista, Laércio relembrou que, em 2016, no final do mandato de Dona Deija, o aterro ficou, segundo suas palavras, algo muito próximo da realidade. A prefeita teria recebido a obra. A culpa foi da burocracia, conforme, deixando o aterro inapto. Ao assumir a prefeitura, o prefeito Antônio do Bar chama Laércio para irem a Brasília e fazerem uma proposta à FUNASA para a reativação do aterro. Mas, outra vez, se viram com o empecilho financeiro à sua frente. Precisava-se de R$ 1 milhão de reais imediato. Perguntado por seu Antônio se esse recurso estava disponível, a resposta de Laércio foi negativa, mas não desanimaram. Recurso arrumado, agora era apresentar o projeto para refazer o aterro, o que foi feito. Conseguiram barrar a TCE — Tomada de Contas Especiais — mas, por conta da burocracia, o TAC não foi assinado. Seu Antônio deixou tudo pronto para o aterro ser refeito e entregue à população. Adendo: A FUNASA sinalizou que a assinatura do TAC poderia ser feita no dia do enterro de Antônio do Bar.
Assista a entrevista completa aqui!
