Às vezes, olhando para o cenário político do Tocantins, parece que ainda vivemos no tempo das monarquias absolutistas: os mesmos sobrenomes, as mesmas dinastias, as mesmas famílias ocupando espaço de poder há décadas.
E a pergunta que ecoa nas ruas, nas praças e nas redes sociais é simples, direta e incômoda:
Existe, de fato, oxigenação política no Tocantins?
Ou o poder continua sendo repassado de geração em geração, como um patrimônio privado — e não como um mandato público?
A verdadeira democracia só existe quando há renovação real — quando novas ideias, novas lideranças e novos projetos conseguem atravessar a barreira dos velhos acordos, dos grupos tradicionais e da política de hereditariedade que insiste em se perpetuar.
Mas aqui fica uma reflexão necessária:
Será que a minha geração não tem condições de governar este Estado?
Será que falta capacidade ou falta oportunidade?
Será que falta preparo ou falta espaço?
Ou será que muitos têm medo de permitir que uma nova geração — preparada, estudada, conectada e com visão de futuro — finalmente assuma o protagonismo que merece?
O Tocantins não pode continuar preso a modelos antigos, a repetições constantes, ao ciclo interminável de arranjos familiares que tratam o Estado como feudo e o povo como figurante.
A geração atual — a minha geração — está pronta.
Pronta para pensar grande, para romper velhos vícios, para governar com técnica, transparência e coragem.
O que falta não é competência — é espaço.
E espaço não se recebe: se conquista.
Se o Tocantins quiser avançar, precisa permitir que novas lideranças respirem, falem, trabalhem e governem.
Porque nenhum estado se desenvolve vivendo eternamente sob o mesmo grupo, os mesmos sobrenomes e os mesmos métodos.
A história prova uma coisa:
renovação não é risco — é necessidade.
E quem tem medo da nova geração é exatamente quem tem medo de perder privilégios, não quem tem compromisso com o Tocantins.